Uma Rosa do Inverno - Kathleen E. Woodiwiss
No Norte da Inglaterra do século XVIII, nas ruínas de uma propriedade que fora importante no passado, uma noiva comprada descobriria a surpreendente verdade sobre o marido... e seria levada implacavelmente ao seu misterioso mundo, repleto de perigos, vinganças e desejos intensos nunca sonhados.

No começo fiquei irritada com algumas situações que a protagonista, Erienne, se deixava passar com sua família. Simplesmente aquele era um jeito muito inferior de se deixar ser tratada, e mesmo acostumada a ler romances de época no início me encontrei um pouco revoltada. Mas seguindo a leitura compreendi que era isso que a autora queria passar. Mostrar o ambiente familiar e os demais personagens da história apontando também o caráter de cada um.
No decorrer da leitura me vi sendo levada para vários pontos da história me fazendo imaginar sempre onde a autora queria nos levar com aquilo. A rixa de Timmy Sears com Cristopher Selton por exemplo me levou a imaginar um milhão de cenários e situações que poderiam resultar dessa "rivalidade".
Adorei os fatos históricos entrelaçados no decorrer do livro, alguns pontos que nos fazem realmente ingressar e imaginar aquele tempo, como a descrição detalhada dos banheiros na época ou mesmo o horror a que as pessoas lidavam com uma doença, um aleijado ou uma possível deformação.
Outra coisa que me deixou um pouco irritada foi o horror extremo ao lorde Saxton. Não somente Erienne como todos os outros moradores da cidade. Ficavam embasbacados com seu horror e sua feiura, o fato de ser deformado e totalmente como um monstro sem as pessoas nem ao menos terem o visto.
Me encontrei sendo levada de um lado para outro e tamanha foi minha imersão ao livro que assumo ter levado mais tempo do que teria imaginado para desvendar a história. E depois dessa agradável leitura, consigo ver que todas as coisas que me deixaram irritada foi porque eu só conseguia pensar que pessoas realmente passaram e ainda passam por isso. Seja o casamento sem amor, ou a obrigação com a honra, ou até mesmo ser tratado como inútil ou um monstro pela sua deficiência.
Depois de conhecer tanta gente asquerosa no decorrer da história comecei a ficar preocupada com a mocinha, e me vi torcendo para que ela ficasse com o ‘menos pior’. Quando ela começa a sentir um leve interesse pelo cara que deveria odiar, mas depois começa a criar uma amizade com o seu atual marido, me encontrei pensando em várias coisas, como o que realmente vale na vida?! Uma aventura calorosa que te oferece uma fuga dos problemas e um futuro incerto, ou um amor fraterno que te apoia e com um futuro com alguém que você pode confiar, ou será que é possível ter os dois?
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